Quando o amor chegou

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É engraçado pensar na minha visão do amor há exatos dois meses atrás. O amor era perfeito. Ele era alto, moreno, tocava violão e tinha uma voz linda. Tinha um vocabulário amplo e um coração admirável. Era um verdadeiro príncipe e curtia as mesmas bandas que eu.

Para nós tudo era perfeito. Não era nem necessário contar para os meus pais sobre nós, o amor conseguia fazer mágica para vivermos uma paixão secreta. A gente não discutia. A gente simplesmente se amava.

Mas então o amor chegou. E ele não era o meu príncipe encantado. Ele fazia piadas ruins, não entendia minhas referências e ainda fazia brincadeirinhas tão idiotas que me faziam ter vontade de esgana-lo. Ele não tocava violão. Nem cantava. E ainda parecia ser tão orgulhoso quanto eu, quando brigávamos, eu é quem tinha que pedir desculpas!

Mas o amor é verdadeiro. E ele me lembra todos os dias de dizer o quanto me ama. Ele sempre me diz que estou linda, mesmo quando eu acho o contrário. Ele me faz rir quando eu quero chorar. Ele me abraça como ninguém nunca me abraçou antes, é incrível a conexão que a gente tem. E ele luta como ninguém para que possamos ficar juntos.

Quando o amor chegou, eu não planejava o deixar ficar. Mas mesmo assim, ele entrou, se acomodou, me bagunçou.

E hoje, se tornou parte de mim.