6 de fev. de 2016

A Garota e o Lobo

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  Tudo estava bem. Ela estava sentada no gramado do bosque, observando o ritmo em que as árvores dançavam, enquanto uma brisa leve deixava aquela calmaria extremamente agradável. E, para deixar tudo um pouco melhor, seu lobo estava sentado ao seu lado, captando tudo, como se soubesse de tudo o que se passava no coração dela.

  Ela respirou e inspirou várias e várias vezes. Era mesmo possível que tudo aquilo estava acontecendo? Ela sentia-se no paraíso. Mas foi então que algo diferente começou a acontecer.

  Um pouco mais a frente de onde estavam, uma linda garotinha se aproximou, de capuz vermelho e cachinhos loiros, era tudo o que o lobo desejava.

  Ela virou para trás e viu, a floresta se aproximava. Voltou seus olhos para seu lobo e ele não estava a seu lado e sim correndo sem direção. A garota olhou para a menininha de capuz vermelho e viu que ela estava disposta a ir atrás do lobo e foi então que desanimou, nunca mais viria seu companheiro novamente.

  Foi então que uma linda borboleta apareceu. Asas azuis com desenhos pretos que a fazia parecer uma obra de arte. Ela voava tão calmamente, pareia saber exatamente pra onde o lobo estava indo. A garotinha de capuz vermelho começou a segui-la.

  A garota então, olhou para trás. A floresta já estava perto demais, podia até sentir o frio que ela trazia. Foi então que decidiu correr também.

  Já lhe faltava ar e quase não sentia mais suas pernas. Seu pé afundou em um pouco de terra fofa e então ela caiu na lama.
  
  Agora já não lhe restava mais nada. A floresta praticamente já havia tomado conta dela e as árvores - que eram completamente diferentes das do bosque – com seus galhos assustadores, sussurravam várias coisas em seu ouvido como: “Você não devia ter seguido o coelho” e “Você nunca deveria ter vindo ao pais das maravilhas”.

  Ela chorava, sentindo-se completamente derrotada, até que a borboleta apareceu e elas começaram a conversar. Conversaram a noite toda e, quando o dia enfim nasceu, a borboleta voltou a seguir o lobo.

  A garota já se sentia mais recuperada. Se levantou e limpou a lama que estava em seu rosto e em seus braços. Decidiu que seguiria a borboleta e teria seu lobo de volta. Não podia ser coincidência aquele coelho a levar até o País das Maravilhas. Uma força superior estava por trás disso e ela estava disposta a ir atrás do que era dela.


  E então ela voltou a correr.


Notas da autora

  Você provavelmente não deve ter entendido absolutamente nada dessa crônica - que parece bastante com um conto de fadas. Mas fica ao seu critério a interpretação desse pequeno texto escrito com todo coração. Espero que tenham gostado do que eu contei hoje.

Até mais!





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