Olá blog! Quanto tempo, não? Foi preciso ficar confinada em casa para voltar a escrever aqui. Seria cômico se não fosse trágico.
A ideia de escrever o Diário de Quarentena surgiu numa conversa, como uma brincadeira, claro. Mas já que não tenho absolutamente nada para fazer, por que não? Dessa forma pelo menos treino a minha escrita. Claro que um texto escrito aleatoriamente, sem nenhuma técnica ou correção não irá me ajudar muito no meu texto dissertativo-argumentativo no Enem final do ano (Deus, como ficará o Enem esse ano?), mas me ajudará a não surtar durante essa fase (espero que seja uma fase).
Creio que não preciso contextualiza-lo do que está acontecendo e mesmo sabendo que tenho todo tempo do mundo para explicar-lhe não irei, sinto muito. O que posso dizer se você estiver lendo isso em 2044 - ou seja lá qual seja o ano em que estiver lendo isso - é que estou escrevendo durante o grande surto mundial do covid-19 e que fomos todos orientados a ficar em casa pelo bem da humanidade.A partir dessa informação é só dar uma pesquisada para saber a gravidade do assunto e todo resto. Eu, sinceramente, parei de ler a respeito. É lógico que não irei fechar os olhos para a situação e ser irresponsável, como tem tanta gente fazendo. É que ver como o caso pode piorar me dá muita ansiedade e isso eu sei que não ajuda em nada. Até porque, meu terapeuta favorito parou de atender (presencialmente) e eu ainda não recebi meu primeiro salário.
Aliás, está aí uma situação engraçada. No primeiro mês do ano eu estava completamente perdida, sem saber o que fazer ou para onde ir. É o tipo de crise que você tem quando está se aproximando dos 20 anos, creio eu. Ou quando termina o Ensino Médio e tem que decidir o que fazer da vida. Resolvi então listar minhas prioridades: arrumar um emprego para garantir um pouco de independência e guardar um pouco para a faculdade do ano que vem, fazer o cursinho pré-vestibular, para tentar uma bolsa, e continuar a aperfeiçoar meus hobbies.
E dessa lista, meus queridos, eu consegui tudo no 3º mês do ano. Muito mais rápido do que jamais imaginei. Mas aí, veio o primeiro, o segundo e o terceiro caso suspeito de Corona Vírus. E logo depois eram nove. E as aulas foram suspensas e as empresas dispensaram os aprendizes. E eu? Estou aqui agora. Com as mesmas crises emocionais e confusões desnecessárias que todo adolescente tem. Sustentadas pelas diversas comédias românticas que venho assistido nos últimos dias.
Tudo isso resultou nesse texto. Porque quando não tenho absolutamente nada para fazer e minha cabeça está prestes a explodir, venho aqui e escrevo meus dramas completamente desinteressantes. Só espero que essa bagunça toda se resolva logo, que achem uma vacina logo (para a doença, não para os meus dramas, vou parar de piadinhas sem graça agora). Enquanto isso vocês que estão aqui em 2020 comigo, vamos ficar em casa e lava bem as mãos, tudo bem? Vamos indo!
Carinhosamente,
Helen e o álcool em gel aqui do meu lado.
P.S.: Não tenho a intenção de zoar com algo tão sério ou desrespeitar as vítimas da doença, é apenas meu jeito de lidar com a situação e não pirar. E novamente: fiquem em casa e lavem as mãos! Cuide-se, alguém ama você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário