Sonhos

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“Algum dia eu estarei vivendo em uma grande e velha cidade

E tudo o que você será é cruel

Algum dia eu vou ser grande o suficiente para você não poder me atingir

E tudo o que você será é cruel”

- Mean - Taylor Swift

Estava assistindo a um episódio de Glee, quando os personagens Puck (Mark Salling) e a treinadora Beiste (Dot-Marie Jones) fizeram a performance da música Mean, da Taylor Swift. Nesse mesmo momento, uma onda de empolgação, gratidão e nostalgia me invadiu. É difícil de explicar. E então, após ler um post no blog da minha querida Amandoca, do Uma Palavra Por Minuto, decidi escrever esse texto. E já aviso que ele será um pouquinho mais extenso que os outros.

Sonhadora. Acho que é isso o que me define. Também é uma das coisas que fizeram com que eu e a Amanda nos aproximássemos. Nós duas sempre sonhamos muito, quando crianças, brincávamos que erámos estrelas e fazíamos o que mais desejamos: atuávamos, cantávamos, vivíamos da nossa arte. Imaginávamos, até mesmo como seria nossas casas, como nos vestiríamos, e até e que filme trabalharíamos. Porém, conforme fomos amadurecendo, começamos a entender que, na realidade, tudo seria bem mais difícil. Mas mantivemos a nossa essência, até hoje.

E você não imagina tudo o que já passamos, mesmo com essa nossa pouca idade. Tem uma situação, em especial, que me marcou muito. Era início do ano letivo de 2014 e eu consegui convencer as garotas da minha turma a fazerem uma apresentação de dança. Havíamos conversado com o coordenador que concordou em nos deixar sair pelo menos em duas aulas para ensaiar no anfiteatro (ah, aquele anfiteatro) para nos apresentarmos na reunião de pais. Até aí tudo estava dando certo, mas o que aconteceu é que a maioria das meninas não estavam ali porque queriam dançar, era só para perder aula! Resultado: o dia da apresentação chegou e NINGUÉM SABIA OS PASSOS, pois perdemos muito tempo esperando as outras meninas para podermos ensaiar e eu, na época, insegura como era, não conseguia assumir a liderança. Mesmo assim, subimos no palco e as meninas tentaram me acompanhar, algumas que já tinham um talento com dança, conseguiram pegar os passos facilmente, mas infelizmente não foi assim com a maioria das garotas. Além disso, eu nunca fui boa com dança, só estava fazendo os passos que aprendi pelo Youtube. E para piorar colocaram a música num volume absurdamente baixo, o que fez com que parecesse que estávamos pulando aleatoriamente. Foi um desastre!

Ai, ai. Agora eu rio, mas me lembro da sensação horrível que eu senti ao descer do palco. A Amanda, que no dia tinha ido assistir à apresentação, foi falar comigo mas eu tremia e dizia para mim mesma: “eu nunca mais subo em um palco”. E como se já não bastasse meu rosto queimando de vergonha e minha vontade de sumir, uma garota que ia supostamente dançar, mas que vacilou na hora, falou: “que vergonha, em?”. Esqueci de mencionar, mas na hora da apresentação muita gente desistiu. Chorei muito antes de dormir, com medo de ser zoada na aula no outro dia. É, isso de fato aconteceu. 

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Entretanto, apenas alguns meses depois, entrei para o grupo de teatro da escola e, no final do ano apresentamos uma peça, A Hora do Pesadelo, em que eu interpretava uma mãe e aparecia em praticamente todas as cenas. Apresentamos essa peça umas cinco ou seis vezes e foi sensacional. Foi nesse momento que eu soube que teatro é o que eu quero para mim. Mas voltando a falar em apresentações de escola, a galera até que gostou da peça, apesar de eu não ter me importado muito com isso.

Meu professor de Lógica de Programação nos disse uma vez, durante a aula, que quanto maior o fracasso, maior será a nossa ascensão. Cabe a nós ter a coragem de nos levantar e tentar de novo. Enquanto as críticas, comentários maldosos, ou qualquer outro tipo de coisa, devemos usa-los para construir nossa armadura, para nos tornarmos mais fortes.

Por mais impossíveis, simples, bobos ou clichês, devemos correr atrás dos nossos sonhos e buscar novos sonhos. O mundo é dos sonhadores! 

“Cada sonho que você deixa para trás, é um pedaço do seu futuro que deixa de existir.”

- Steve Jobs